domingo, 24 de outubro de 2010

O Caso da Bolinha de Papel - estrelando Ricardo Molina



Um só fato, dois vídeos e uma bolinha de papel, mas sempre o mesmo perito, Ricardo Molina, aquele que trabalhou em casos de repercussão nacional, como a morte de PC Farias, a Chacina de Eldorado dos Carajás, o crime na Favela Naval e o acidente que matou os integrantes da banda Mamonas Assassinas. Com posições contrárias à verdade, ele foi também o perito que tentou provar que o casal Nardoni não jogou a filha pela janela.

Os vídeos exibidos pelo Jornal Nacional, no último dia 21 têm como objetivo “demonstrar” que Serra teria sido atingido por um rolo de durex ou fita crepe, durante caminhada no Rio de Janeiro. E a análise é de quem? Ricardo Molina, demitido da Unicamp por "irregularidades administrativas". Em 2001, o perito respondia a processo administrativo há um ano e quatro meses, acusado de uso indevido de verba pública.

Mas quem é Molina, afinal, para ser o perito escolhido para analisar o caso da bolinha de papel pelo telejornal de maior audiência da televisão brasileira?

Para começar, ele foi desmentido pela Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) sobre as perícias realizadas nas escutas telefônicas da Polícia Federal, por "desconhecimento de diversos procedimentos adotados pela perícia oficial e, em especial, pelos peritos da Polícia Federal na área de Fonética Forense."

Depois, o advogado Ércio Quaresma Firpe, que defende o goleiro Bruno e outras sete pessoas suspeitas pela morte de Eliza Samudio, contratou Ricardo Molina para auxiliá-lo na análise do inquérito policial.

Esse é Ricardo Molina, com seu extenso currículo de perícias suspeitas, demissão da Unicamp e agora estrelando o Caso da Bolinha de Papel.

Com informações do Blog do Nassif

Charge de Carlos Latuff

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