quinta-feira, 11 de abril de 2013

Desabafo e sugestão aos "pró-Feliciano" e aos "anti-Feliciano"


     Provavelmente desagradarei ambos os lados, mas essa “guerra” é desnecessária, infantil e ridícula! Não deveríamos promover debates civilizados e sadios? Mas vamos lá:  

AOS "ANTI-FELICIANO" = É um direito de todos lutarem por aquilo que consideram justo, desde que não sejam exigidos privilégios e sim, igualdade. Mas essa luta deve ser sempre respeitosa. E mais: não se defende um estado laico? Pois bem, desde que tudo seja feito com respeito ao indivíduo, deve ser livre a expressão de opinião contrária a alguns comportamentos por parte dos “religiosos”. Em um estado laico, assim como a "igreja" não deve interferir em questões políticas, a política ou movimentos sociais não devem interferir na forma da "igreja" encarar alguns temas. Lutar por direitos é uma coisa; criar uma ideologia que deseja que todos concordem e aprovem o que é defendido é um absurdo! Se não entrassem em brigas ofensivas, o movimento de oposição a vocês seria menos agressivo.

AOS "PRÓ-FELICIANO" = Muito se fala de idolatria de algumas religiões, mas o que mais se vê atualmente é idolatria envolvendo o pastor/deputado. Após o "frenesi Malafaia", a "bola da vez" é o Marco Feliciano. E as trocas de ofensas servem apenas para estimular o ódio das pessoas contra vocês. Tudo seria mais fácil se fosse feita uma oposição firme, mas civilizada, educada.

     Como praticamente todos que o defendem são "cristãos" (não no sentido original da palavra e sim, no sentido de "pertencerem a um segmento religioso do cristianismo”) e eu também sou um cristão, tomo a liberdade de deixar uma reflexão bíblica a vocês: 


     Jesus tratava com delicadeza e mansidão todos os pecadores. Diante de uma mulher adúltera, Jesus a livrou de um apedrejamento, chegou nela com carinho e apenas disse: "não o acusaram e eu também não a acusarei. Vai e não peques mais". Cadê essa mansidão cristã na atualidade? E olha que antes disso Ele afirmou aos acusadores: "Quem não tem pecados que atire a primeira pedra!". Vejo uma atitude dos ditos cristãos pior do que a dos fariseus, pois estes, pelo menos foram honestos e pensaram: "é, não tenho nenhuma moral pra jogar a pedra". Agora nós, cristãos, temos a hipocrisia de jogar pedras mesmo sabendo que entre nós (assim como em qualquer meio) há mentira, idolatria, ira, dissensão, heresia, inimizade, inveja, glutonaria, bebedice, adultério, falsidade, falta de mansidão e de domínio próprio, falta de amor ao próximo (e quando existe, não passa de discurso bonito, porém vazio de obras)... Seria o "pecado deles" pior do que esses citados? Seria o que eles fazem com o corpo deles mais grave do que fazemos com a nossa língua e com o nosso dedo, que só sabe apontar os pecados alheios? Como somos hipócritas! Escolhemos um ponto para combater e fazemos vista grossa para os demais.


     Não estou dizendo que um cristão deve concordar o movimento LGBT (pelo contrário, pois muitos protestos e discursos deles estão sendo ridículos e desrespeitosos, assim como estão sendo muitos dos protestos cristãos) e sim, que devemos aprender um pouquinho do Evangelho. "Tirar a trave do nosso olho antes de olhar o cisco do olho do próximo" é o primeiro passo.


PARA CONCLUIR:
     Em nome de uma suposta defesa da família, é nítido todo um veneno de ódio sendo destilado sobre uma conduta. Porém voltemos ao assunto “Jesus”. Ele tratava todos os pecadores com carinho (não deixando de ensinar a verdade), mas quando se tratava de "líderes religiosos", que conheciam essa verdade e que mesmo assim enganavam as pessoas (falsos profetas e líderes fariseus/saduceus/escribas) Ele tratava com dureza e chamava-os até de "filhos do diabo". Pois bem. Cadê os cristãos se movimentando nas redes sociais e nas ruas contra esses mentirosos, que usam o nome de Deus para enganar pessoas não instruídas e ensinar mentiras, como milagres e prosperidade em troca de dinheiro? Nada! Esses é que deveriam ser o foco de nosso combate, mas quase todos se calam e ainda criticam quem bate de frente com esses hereges. Mas quem compreendeu o Novo Testamento sabe que essas pessoas serão julgadas de forma muito mais severa do que todas as demais. Portanto, antes de sermos cristãos de uma vertente do cristianismo, sejamos "cristãos de Cristo". Aí não haverá lugar para tanta hipocrisia! 


     Discorde e critique à vontade, desde que com educação. Ofensas recebidas serão interpretadas como: "viu como o texto tinha razão?"


De um cristão,
Wésley de Sousa Câmara. 


Fonte: www.bibliaafundo.net 

Concordo em grande parte com o autor do artigo, e por essa razão resolvi publicar no meu blog, pois, o tema é bem polêmico, mas encontrei no texto uma opinião que representa meu pensamento, apesar de eu já ter postado algo sobre a questão de "homofobia" e "intolerância", mas ainda não havia me envolvido publicamente no caso Feliciano.

Leandro Maia