domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma Rousseff é eleita primeira presidente mulher do País

Candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva derrota o adversário tucano José Serra


Sem nunca ter ocupado um cargo eletivo, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff transformou-se neste domingo na primeira mulher presidente do Brasil. Dilma foi confirmada a vencedora da disputa mais agressiva das últimas décadas às 20h04, quando a apuração feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contava 91,2% dos votos apurados. Naquele momento, a petista registrava 55,3% dos votos válidos, contra 44,6% contabilizados pelo adversário, o tucano José Serra.

Foto: AP
 
Dilma Rousseff acena para fotógrafos após votar em Porto Alegre


Dilma viu sua candidatura ser construída passo a passo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde que foi escalada para a tarefa, a petista mudou o jeito de falar, a maneira como se relaciona com aliados e o jeito de se vestir. Por todo o período em que integrou a equipe de governo de Lula – seja na equipe de transição, no Ministério de Minas e Energia ou na Casa Civil –, Dilma carregou consigo a fama de durona. Aos poucos, caiu nas graças do presidente e acabou furando a fila no PT para concorrer ao cargo mais alto do País.
Ao assumir o governo em 1º de janeiro, Dilma transformará o PT no primeiro partido a permanecer no governo por mais de oito anos desde a redemocratização. Ainda assim, a primeira mulher presidente do País enfrentará desafios políticos, econômicos e sociais. Entre eles, o reajuste fiscal, as reformas política, econômica e tributária, a melhoria na qualidade de ensino e da saúde.
Ainda entre os desafios mais importantes está o de montar um governo próprio, que a tire da sombra de seu padrinho político. Dilma terá de acomodar as forças políticas que ajudaram a levá-la ao Palácio do Planalto, de forma a assegurar a governabilidade de sua administração. A tarefa, em parte, será facilitada pela maioria inédita que conquistou no Congresso, um reflexo da estratégia desenhada por Lula de abrir mão das disputas em alguns Estados para assegurar uma coalizão forte para sua sucessora.
Vencedora nas urnas, Dilma leva consigo o PMDB, que agora entra no governo pela porta da frente. A relação com o partido aliado, no entanto, já consta no topo da lista de preocupações do PT. O partido de Lula, que comemora o crescimento nestas eleições, tentará manter o protagonismo no governo, ao mesmo tempo em que assistirá a um rearranjo de suas forças internas.
É na oposição, entretanto, que as mudanças serão mais profundas. Derrotado nas urnas, o ex-governador de São Paulo José Serra agora terá que decidir seu futuro político – a lista de alternativas, por enquanto, inclui desde a disputa pela prefeitura paulistana em 2012 até uma temporada de estudos no exterior. Junto com ele, PSDB, assim como o aliado DEM, terão de buscar uma nova fórmula para se firmar na dianteira da oposição. Nesse processo, tendem a ganhar projeção nomes como o do senador eleito por Minas Aécio Neves ou o governador eleito de São Paulo Geraldo Alckmin.
Dilma em comício com o presidente Lula em Goiânia (GO) no dia 19 de outubro


É hora de tomar partido: um basta aos reacionários tucanos!

* Análise (25/10/2010)

O significado de uma vitória tucana será catastrófico não só para o País, mas para o todo o território latino

por Roberta Traspadini

Estamos às vésperas do segundo turno. O momento atual é de intensa mobilização contra a campanha tucana em todo o País. É importante que assim seja. Caso contrário, corremos o risco de não aproveitar essa oportunidade histórica para ler, incidir, dialogar entre nós classe trabalhadora, sobre o que vemos, e porque vemos a disputa da forma que vemos.

O significado de uma vitória tucana será catastrófico não só para o País, mas para o todo o território latino.

Para nós, classe que vive do trabalho, o momento é de estarmos nas ruas, nas células organizadas, discutindo o que se quer para além do que se tem, e os riscos manifestos com as apostas que podem ser feitas no curto prazo.

Todo projeto tem por trás uma concepção de mundo que relata sua forma e seu conteúdo de poder. Vejamos as bases conceituais dos tucanos.

1. O projeto de nação do PSDB

O projeto de Nação do PSDB, cujos principais intelectuais orgânicos são Fernando Henrique Cardoso e José Serra, é o de modernização atrelada ao que de mais avançado há no capitalismo em sua fase imperialista.

Para estes ideólogos da concepção de desenvolvimento como interdependência entre capitais, uma nação moderna é aquela conectada aos avanços técnico científicos promovidos pelos capitais protagonistas, independentemente da nacionalidade destes capitais.

As teses deste grupo são forjadas na seguinte concepção: existência de uma burguesia nacional conservadora que atrofia o pacto federalista para o desenvolvimento capitalista. Logo, necessita ser estimulada, movimentada, ou destruída pela concorrência com os grandes capitais investidores internacionais, sejam produtivos ou financeiros.

Para este grupo, a única forma de avançar no capitalismo imperialista, é permitir, via tomada do poder do Estado, um tipo de ação governamental que viabilize aquisições, fusões, privatizações, desestatizações, quebra de regulações e políticas macroeconômicas que impeçam a livre movimentação do capital (inter)nacional.

Para estes sujeitos a era global se caracteriza como a de livre mobilidade do capital que deve ser vista como uma oportunidade histórica para as economias retardatárias no processo de desenvolvimento capitalista.

2. A execução do poder

Na prática do poder, esta tese evidencia a relevância para o capital internacional de um Estado parceiro, aberto às coligações produtivas e infra-estruturais no processo de inovação tecnológica puxado pelas grandes corporações.

Com o aval do partido e de seus representantes eleitos, este capital moderno ocupa o que é do Estado e governa a sociedade e os territórios, pela constituição federal soberanos, a partir da busca pela valorização de seu negócio para além das fronteiras nacionais.

Este capital moderno, cujas sedes das principais empresas estão nos Estados Unidos, tem projetado nos últimos 40 anos para América Latina um novo momento de apropriação dos recursos naturais, energéticos e das riquezas criativas da população, no que podemos caracterizar a renovada fase das veias abertas da América Latina.

A meta principal é a apropriação privada dos americanos e seus pares, de tudo o que pertence ao Estado Nacional latino-americano e mundial, como guardião, republicano, dos interesses das sociedades que ocupam.

Estamos falando de um novo estágio da guerra, em que a leitura da correlação de forças no continente nos exige com urgência frear qualquer proposta de apropriação imediata do roubo dos territórios e vidas por parte dos capitais imperialistas hegemônicos, com a chancela do Estado nacional brasileiro.

Uma vitória de Serra representa um avanço sem precedentes no continente latino-americano daquilo que o PSDB, via sua adesão consensual a Washington, não conseguiu realizar por completo nos 10 anos de mando direto dentro do Governo Federal (oito de Fernando Henrique como Presidente e dois anos dele como Ministro do Governo Itamar).

A prévia eleitoral de uma possível vitória de Serra evidencia o aberto processo de conflitos, de guerra, criminalização dos movimentos e sujeitos, logo, a ampliação de um processo de perseguição e de construção no imaginário coletivo da sociedade brasileira sobre os criminosos, os crimes e o tipo de criminalidade.

Estamos falando da opção política concreta que os EUA esperam para assumir a ofensiva sobre o continente a partir da conquista do Estado brasileiro no próximo governo, assim como fazem com Chile, Colômbia e México, citando os governos coligados mais avançados nos pactos capitalistas imperialistas atuais.

3. As tarefas deste momento histórico

O que está em jogo não é a medida socialista ou capitalista da disputa e sim a forma como se vê a ampliação da soberania brasileira e o conteúdo de sua relação com o continente a partir dos dois projetos que se colocam em disputa.

No plano capitalista selvagem, não é possível a permissão representativa de que os tucanos subam a serra do poder legitimados socialmente por mais 4, para executar um processo claro de barbárie social.

Caso isto ocorra, a degradação do pouco que se conseguiu reconstruir no após queda do muro de Berlim no País será avassaladora para dentro e para fora das fronteiras nacionais. Mesmo que na aparência ocorram políticas sociais que ocultem a real entrega das riquezas de nossos territórios à Nação hegemônica.

São tempos difíceis. Tempos de um posicionamento que pode parecer contraditório mas que evidencia, na correlação de força deste momento, os pesos sobre a classe trabalhadora de uma opção reacionária para os próximos 4 anos.

São tempos que nos obrigam a estar nas ruas dialogando com nossos pares, os trabalhadores, ouvindo suas opiniões e tirando daí uma boa reflexão sobre os responsáveis pela formação de suas consciências na atualidade.

Isto é fundamental na construção da representatividade no poder, uma vez que a educação oral formaliza a estrutura do pensar protagonizada pela indústria cultural capitalista hegemônica no país, no continente e no mundo.

Nossa principal tarefa é debater com a parcela da sociedade que nos interessa, o que perderemos caso se consolide uma vitória reacionária tucana.

Para isto é importante que nossos materiais de agitação e propaganda e nossos instrumentos de diálogo com a sociedade estejam a serviço desta intencionalidade de classe. A edição especial do Brasil de fato e as cartas dos movimentos sociais do campo nos dão estes elementos.

A tarefa apenas começou. O mais importante vem depois, com uma vitória do PT. Aí o debate será de outra natureza: reivindicar, exigir, construir, cobrar um rumo diferente para a política de governo do Brasil. É verdadeiramente uma campanha com voto crítico que requer ser escutado agora, mas construído de fato depois das eleições.

A tarefa maior está para além do poder institucional a ser tensionado: teremos que retomar abertamente a reconstrução da unidade da esquerda, com o objetivo de construirmos e disputarmos o poder com base em um projeto popular, que realmente nos represente como trabalhadores brasileiros e latino-americanos.

BRASIL de FATO

Comemoração 31 de Outubro de 2010 (Reforma Protestante)

Prezados(as)
Graça e paz do Senhor Jesus Cristo

Amados,
Hoje a Reforma que revolucionou o mundo comemora 493 anos de existência!
Foi no ano de 1517 que um monge agostiniano da Alemanha chamado Martinho Lutero pregou suas 95 teses sobre a venda de indulgências na porta da Igreja de Wittenberg. Tal ato ocasionou, hoje em dia, a existência de um povo que proclama e testifica o Nome Santo do Senhor Jesus Cristo, o Único e Suficiente para a nossa salvação e vida eterna.

Devemos neste dia agradecer a Deus por ter capacitado grandes homens que lutaram bravamente pelas Sagradas Escrituras e que morreram carregando em suas obras a Palavra Viva e Verdadeira - Jesus Cristo que é digno de toda Honra, Glória e Louvor.

Portanto meus queridos, no momento de adoração ao Senhor Deus, lembrem-se em agradecê-lO pela Sua Graça e Misericórdia. Lembrem-se em agradecê-lO pela Reforma Protestante. E que seja sempre bendito o Nome do Senhor Jesus Cristo desde agora e para sempre, amém.

"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé."
(Romanos 1.16,17)

Seja bendito o Nome do Senhor desde agora e para sempre, amém.

Marcell de Oliveira                   
Webmaster Protestante Online
http://protestantismo.ieadcg.com.br

Ibope e Datafolha apontam vitória tranquila de Dilma Rousseff nas eleições deste domingo

BRASÍLIA - Na véspera da eleição, as novas rodadas de pesquisas Datafolha e Ibope confirmaram o cenário de estabilidade e indicam que a petista Dilma Rousseff deve ser eleita neste domingo como a sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A pesquisa Datafolha/TV Globo mostra a petista com uma vantagem de dez pontos percentuais em relação ao concorrente José Serra (PSDB): ela ficou com 55% dos votos válidos, contra 45% de Serra. Na pesquisa Ibope/TV Globo/Estado de S. Paulo, Dilma ficou 56% dos votos válidos contra 44% de Serra.
Considerando os votos totais (incluindo brancos e nulos) Dilma ficou com 52% das intenções de votos contra 40%, na pesquisa Ibope. E com 51%, contra 41%, na pesquisa Datafolha.
O levantamento do Datafolha mostra que os indecisos ainda somavam no sábado 4%, contra 8% da pesquisa do dia 26 de outubro. Já aqueles que declaram que votarão em branco ou nulo chegaram a 4%, mesmo percentual da anterior.
Na pesquisa anterior, realizada no dia 28 de outubro e divulgada pelo jornal "Folha de S. Paulo", Dilma tinha 50% dos votos totais, contra 40% de Serra. A margem de erro da nova pesquisa Datafolha é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa mostra ainda que Serra não conseguiu crescer o suficiente no Sul e no Sudeste, tendo frustrada sua estratégia de compensar a ampla vantagem de Dilma no Nordeste. No Sudeste, que concentra 45% do eleitorado, Dilma cresceu de 41% para 48% neste mês. E Serra ficou com 44%.
Na região Sul, segundo o Datafolha de sábado, a petista ampliou sua pontuação, mas continuou atrás de Serra: ela com 42% das intenções de votos e ele com 50%.
No Nordeste, Dilma manteve a ampla liderança sobre o tucano ao longo do mês: tinha 62% no início e no sábado estava com 63%; Serra ficou com 30% das intenções de votos entre os nordestinos.
Nessa rodada, o Datafolha entrevistou 6.554 pessoas neste sábado, número maior do que o de outras sondagens recentes. A pesquisa foi encomendada pela Folha e pela Rede Globo e está registrada no TSE sob o número 37903/2010. A pesquisa Ibope ouviu 3.010 eleitores neste sábado e está registrada no TSE sob o número 37.917/2010.
Para o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), as pesquisas que apontam um quadro de estabilidade com uma vantagem confortável de Dilma são um reflexo do acerto da campanha do PT e da força do presidente Lula e dos erros da campanha de Serra.
- O resultado mostra que Dilma conseguiu passar para a sociedade que é a única que poderia continuar e aprofundar o governo Lula. Enquanto isso, a campanha de Serra foi a que teve mais baixo nível desde a redemocratização, ao juntar uma visão conservadora com promessas populistas. E as pesquisas mostram quem fez a campanha correta.
- Temos que ter um pé atrás. Mesmo com a vantagem nas pesquisas, é bom não vacilar. A ordem é manter a mobilização - disse, mais cauteloso, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP).
Já no PSDB os números foram recebidos com cautela. O presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), lembrou os erros dos institutos no primeiro turno e disse que números internos da campanha indicam uma diferença de apenas cinco pontos.
- Esses números não conferem com as nossas pesquisas. Dilma tem agora os mesmos números da reta final do primeiro turno, e mesmo assim, teve um desempenho inferior nas urnas. Isso mostra, que ela não avançou. Não vejo emoção na campanha de Dilma e se a abstenção no Nordeste for maior, acabou o favoritismo dela - disse Guerra.
Pesquisas Vox Populi e CNT/Sensus também indicam vitória de Dilma
A vitória da candidata do PT também é indicada pela pesquisa do Vox Populi. Pelo levantamento, Dilma tem 51% das intenções de voto, contra 39% de Serra. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual. Os votos brancos e nulos somaram 5% os indecisos também são 5%. O Vox Populi ouviu 3.000 pessoas, neste sábado.
Já a pesquisa CNT/Sensus, também divulgada neste sábado, mostro a Dilma Roussef com uma vantagem com 14,4 pontos à frente do candidato do PSDB José Serra. Dilma aparece com 57,2% da preferência do eleitorado, contra 42,8% de Serra. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
O Sensus ouviu 2.000 eleitores nos dias 28 e 29 de outubro. A pesquisa foi feita a pedido da CNT (Confederação Nacional dos Transportes). O registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi feito no dia 25 de outubro com o número 37.919/2010.


sábado, 30 de outubro de 2010

Fazendo as pazes com a nossa história

por Ana Recalde

Dizem que quem não conhece a sua história, está condenado a repeti-la. Eu sempre fui apaixonada pela história, pela evolução dos modos de produção, pelas lutas de todos os povos por sua liberdade. Eu me emociono quando leio Camões e o sacrifício daqueles que navegaram para o Brasil, “navegar é preciso”. Quando ouço a história dos escravos e quilombolas, das mãos que
foram acorrentadas e trazidas contra sua vontade para construir a riqueza desta terra. Desde a escola aprendemos sobre a luta pela liberdade dos escravos, pela república, e lá mesmo conhecemos nossos heróis: Zumbi, Tiradentes, Chico Mendes. Todos cidadãos brasileiros que não tiveram medo de colocar sua vida em risco por um ideal, um Brasil mais justo. Na escola também aprendi nosso hino e sinto no peito quando canto “verás que um filho teu não foge à luta”. Sabemos desde pequenos que, aqueles que colocam o bem estar do país acima do seu próprio, são heróis.


Não é segredo que nossos heróis foram perseguidos e transformados em criminosos, caçados ou mortos. Por isso mesmo, é impossível não se lembrar da ditadura militar. Quando uma pátria estrangulada pediu ajuda para seus filhos, que não fugiram e colocaram o bem estar de sua mãe, acima do seu. Muitos foram torturados, muitos foram mortos. Jovens de 19 anos foram considerados criminosos perigosos e tratados com os rigores de uma país sem lei, que aprendeu técnicas cruéis para arrancar confissões. Aqueles mais fortes agüentaram e se apoiaram em sua convicção para suportar tal violência. Esses heróis sofreram para hoje não precisarmos calar a nossa voz. É possível pensar nisso sem que lágrimas venham aos nossos olhos? É possível escrever um blog ou um texto de denúncia sem lembrar daqueles que lutaram para isso? Eu não consigo. Não posso cometer o erro de ignorar a minha história, e quem sabe tem responsabilidades. O saber liberta e só existe liberdade com consciência.


Hoje recebo e-mails criminalizando e ofendendo quem lutou para que eu estivesse aqui e sinto medo de ainda estar na ditadura. Não na sua gestão de governo, mas na ditadura das mentes. Vejo homens, que se dizem de bem, se levantando para apontar o dedo para aqueles que do seu sangue tiraram a nossa democracia. Vejo homens de Deus apontando o dedo para seus irmãos e dizendo que a violência contra eles é aceitável, que nossos companheiros não tem direitos por serem diferentes. Vejo a opinião pública se voltar contra as mulheres, com uma visão que minimiza o nosso corpo a um objeto. Porém, dentro do peito, eu sorrio e me encho de força, vejo que o dia da eleição se aproxima. Lembro que somos uma democracia. Vejo que podemos votar em Dilma Rousseff. Lembro que ainda há tempo de mostrarmos que não estamos mais em uma ditadura do pensamento, que podemos, enfim, acolher nossos heróis. Lembro que podemos fazer as pazes com nossa história e falar em
alto e bom som que, terroristas são aqueles que usam o seu poder para ofender e
enganar. E finalmente, lembro que meu voto é um abraço e um sorriso para essa mulher guerreira que lutou por mim, mesmo sem saber quem eu era. O meu voto, além de ser a aprovação de 28 milhões fora da miséria, é o voto de agradecimento aos meus antepassados e sua luta. Quando tivemos uma mulher no governo do Brasil foi assinada a Lei Áurea. Hoje precisamos libertar o nosso povo que disfarçados de cidadãos ainda são escravos da miséria, um grilhão tão cruel quanto. Pela erradicação da miséria, pelo Brasil mais justo, pela luta de Zumbi, pela luta da independência, pelos heróis anônimos das revoltas populares, por nossos companheiros que lutaram na ditadura, pelos muitos que morreram, por Dilma Vana, no domingo eu voto 13.

Eleições 2010 | MobilizaçãoBR

Matéria da Record desmascara os inúmeros escândalos do metrô de São Paulo





Um escândalo de R$ 4 bilhões no Metrô paulista foi descoberto esta semana pela Folha de S.Paulo. Para quem não se lembra, o jornal denunciou aqui que sabia do resultado das licitações para as obras da Linha 5 do Metrô seis meses antes . O escândalo foi parar nos principais noticiários do Brasil e o desrespeito com o povo paulista foi tratado de forma secundária por José Serra, que chegou a dizer aqui que “o governo de São Paulo não precisa ser investigado pelas fraudes no metrô”.
Aberta a caixa de escândalos tucanos, mais acusações foram feitas, desta vez pela TV Record. No Jornal da Record da última quinta-feira (28/10) o repórter Rodrigo Vianna e sua equipe denunciaram mais uma maracutaia no Metrô paulista.
A operação Castelo de Areia da Polícia Federal desmascarou um esquema que envolvia propina e favorecimento de empresas privadas nas licitações da Linha 4. Veja você mesmo o desrespeito dos tucanos, há 16 anos no poder em São Paulo, pelo dinheiro do contribuinte.

Para votar em Dilma: 10 artigos


Por Leandro Maia gonçalves

Sou assinante do blog Amálgama, e recebi essa lista de 10 artigos que dão inúmeras razões e motivos para que se chegue a conclusão do voto em Dilma Rousseff.
Se todos os eleitores tivessem a oportunidade de ler e de refletir sobre esses artigos, acho que a votação de Dilma chegaria a 70%, no mínimo, considerando apenas os votos válidos.
A questão é que, às vésperas do 1º turno, uma virose de boatos contra Dilma tomou conta da internet e ganhou as ruas, confundindo um pouco a cabeça de muitas pessoas, que acabaram mudando seu voto, ou simplesmente não foram votar.
Mas, espero que estas eleições tenham servido para que as pessoas busquem se informar mais sobre os candidatos, para que nas próximas eleições não sejam pegos de surpresa com jogadas eleitoreiras de baixo nível, que são péssimas para a democracia.

Aí vão:

– “Muito cuidado com José Serra!“, de Alan Souza
– “Por que votarei em Dilma Rousseff“, de Celso Barros
– “Para você, que não votou na Dilma“, de Leonardo de Souza
– “O dever moral do PSDB“, de Diego Viana
– “Por que vou votar em Dilma“, de Paulo Nogueira
– “Meu voto“, de Raphael Dutra

Fonte: Amálgama

A ruína do JN (novos fatos, links e provas)


Vimos um dia histórico. Quinta-feira, 21/10/2010, assistimos a credibilidade do Jornal Nacional virar pó. Proconsult e edição do debate de 89 viraram passado distante. Numa tentativa desesperada de proteger Serra e denegrir o Presidente, o JN montou uma versão temerária dos fatos, baseada num "perito" de péssima reputação.
Na mesma noite, o jornal da SBT voltou a afirmar que tinha o evento todo filmado e que nada mais atingiu Serra. Na manhã seguinte, um professor da UFSM demonstrou a falsidade do "laudo" de Molina, e que o vídeo havia sido editado.
Veja abaixo os principais fatos da ruína da credibilidade do Jornal Nacional, hoje a maior piada jornalística do país.

PASSEM ESSA SÍNTESE PRA FRENTE, E AJUDEM SEU PAÍS COM A VERDADE QUE A GLOBO NÃO MOSTRA.

OS DEZ PASSOS DA RUÍNA DO JORNAL NACIONAL:


1 - GABEIRA, QUE ESTAVA AO LADO DE SERRA, DECLARA QUE NÃO VIU OBJETO NENHUM
http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/10/21/gabeira-diz-que-nao-viu-objeto-acertar-serra-mas-conta-que-aliado-ficou-grogue.jhtm

2 - GLOBO RECORRE A MOLINA, "PERITO" MAIS DESMORALIZADO DO BRASIL, DEMITIDO DA UNICAMP, QUE DISSE QUE PC SE SUICIDOU,E DEFENDE CASAL NARDONI E BRUNO A SOLDO

http://periciacriminal.com/novosite/2009/08/05/perito-que-deu-laudo-favoravel-a-zuleido-e-sarney-trabalha-a-soldo-de-acusados/

3 - EX-REPORTER DA GLOBO AFIRMA QUE REDAÇÃO DA GLOBO EM SÃO PAULO VAIOU JN

http://www.rodrigovianna.com.br/radar-da-midia/o-dia-em-que-ate-a-globo-vaiou-ali-kamel.html

4 - NO JORNAL DA NOITE, SBT DESAFIA GLOBO E AFIRMA QUE TEM TODO EVENTO FILMADO
Jornal da noite de quinta-feira, 21/10/2010
 

5 - LUGAR DO "CHOQUE": MÉDICO DE CESAR APONTA REGIÃO OCCIPTO PARIETAL DIREITA; VÍDEO DA GLOBO, LADO ESQUERDO; MOLINA, REGIÃO FRONTAL; ÍNDIO, ACIMA DO OLHO
http://correiodobrasil.com.br/medico-e-perito-nao-se-entendem-sobre-bolinha-de-papel-que-acertou-serra/187382/

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/as-fotos-da-fita-crepe-assassina

6 - PROFESSOR DA UFSM DESMORALIZA JN EM DOIS LAUDOS DIFERENTES

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/10/22/professor-desmoraliza-fita-adesiva-do-jn/

http://decom.cesnors.ufsm.br/jornalismo/2010/10/23/e-serra-na-fita/

7 - VÍDEO MOSTRA QUE SERRA SÓ COLOCOU MÃO NA CABEÇA NO MÍNIMO MAIS DE CINCO SEGUNDOS DEPOIS DE QUADRO DA GLOBO: VÍDEO DO JN FOI EDITADO!

http://www.youtube.com/watch?v=wkwCT8Amz_4

8 - CASAL SOME DA BANCADA DO JN
Adiantando folga do fim de semana, desde a quinta da vergonha Bonner e Fátima sumiram.

9 - ATÉ O TSE DESMORALIZA GLOBO: NEGA DIREITO DE RESPOSTA A SERRA SOBRE A BOLINHA
http://www1.folha.uol.com.br/poder/819024-tse-nega-pedido-de-serra-para-tirar-cenas-da-agressao-de-programa-petista.shtml

10 - #GLOBOMENTE VIRA FEBRE NO TWITTER, E ATINGE A LIDERANÇA MUNDIAL

http://www.conversaafiada.com.br/mundo/2010/10/22/globomente-e-serrojas-bombam-no-twitter-c-af-tambem-sorry-periferia/
 
AGORA, A POLÍCIA FEDERAL VAI EXIGIR TODOS OS VÍDEOS DE TODAS AS EMISSORAS, E O VÍDEO ORIGINAL DO CELULAR DO REPORTER DA FOLHA, QUE FOI POSTADO NA NET LOGO DEPOIS DO EVENTO.

A GLOBO VAI SER CONDENADA OU VÃO FAZER UM NOVO ACORDO SINISTRO?

LEVEM ATÉ O FIM ESTA INVESTIGAÇÃO, NA PRÓXIMA VEZ, O BRASIL PODE NÃO TER TANTA SORTE!

Obras paradas do PAC não são por falta de planejamento, é guerra entre perdedores de licitação



Serra mente sobre as obras paradas do PAC. O que o programa eleitoral do tucano mostra não corresponde a realidade. Não existem obras do PAC paradas por falta de dinheiro ou planejamento, como querem os tucanos e a turma do contra. O que existe são guerras judiciais entre os empresários derrotados nas licitações. Para provar, Veja esta matéria do portal R7:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (15) que tem “certeza” de que “nenhuma obra” do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) está paralisada no país por falta de dinheiro. Esse é o segundo dia do tour que o presidente faz às obras de transposição do São Francisco.
- Se tem (paralisação), é alguma coisa ou da Justiça, ou de briga de empresários, ou do Tribunal de Contas, porque falta de dinheiro não é.
Lula acrescentou que, especificamente sobre os casos de Santa Maria e Coqueiral, em Sergipe, iria consultar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, responsável pela gestão do PAC, que também estava no acampamento no momento da entrevista que ele deu a emissoras de rádio.
O presidente disse que, “muitas vezes”, o Tribunal de Contas diz que há “indícios de sobrepreço” em determinada obra, e isso obriga o governo a “refazer todo o processo”, e outras vezes a empresa que perde a licitação “entra na Justiça e paralisa a obra”. Na avaliação do presidente, “é muito difícil”, hoje, fazer uma obra no Brasil.
- Nós ficamos dois anos para fazer licitação para entregar 350 mil computadores às crianças nas escolas. Demorou dois anos para que o Tribunal de Contas permitisse a licitação. Agora, as pessoas não medem qual é o prejuízo para a Nação e para as crianças após dois anos esperando.
Sobre as obras do São Francisco, ele disse que o debate em torno do projeto é “uma celeuma desnecessária e fora do tempo”. Ele foi questionado sobre o risco de faltar água em Minas Gerais por causa do aproveitamento di rio no Nordeste do País e respondeu que os 26 metros cúbicos de água que serão retirados “Velho Chico” por segundo equivalem a “um copo de água”, se for levado em conta o volume do rio.
- Essa água iria para o mar, não iria passar na casa de ninguém, na fazenda de ninguém, ela iria diretamente para o mar. Nós estamos tirando 26 metros cúbicos por segundo para atender a 12 milhões de pessoas de mais de 390 cidades do semiárido.
Lula disse que o governo, antes de começar a retirada da água, teve “o cuidado e a responsabilidade de assumir o compromisso de revitalização do rio”. E concluiu dizendo que “a água é criada pela natureza, o rio é federal, é o rio da integração nacional” e que seu governo está fazendo apenas aquilo que Dom Pedro 2º queria fazer em 1847.

Fonte: R7

Dilma: mais objetiva e clara, vence o debate da Rede Globo!


Enfim o debate mais esperado da campanha: o da Rede Globo de Televisão. Candidatos cansados depois de mais de 120 dias de viagens desgastantes pelo Brasil. Dilma, com mais de 10 pontos de frente em todas as pesquisas, aparece ao lado de José Serra. Com o já tradicional formato dos dois de pé o debate começa.
José Serra começou respondendo sobre funcionalismo. Falou, falou, mas não citou como trata os professores em São Paulo. Debaixo de pancada em praça pública. Dilma tocou na ferida do tucano. Respondeu que o funcionário público precisa ser valorizado e citou o piso salarial e os planos de carreira para os professores das universidades federais. Dilma é objetiva, Serra é só trololó.
Na pergunta sobre corrupção, Dilma apontou o trabalho da Polícia Federal, que condenou e prendeu muitos poderosos, como a amiga de Geraldo Alckmin, a dona da Daslu, Eliane Tranchesi. Enquanto na época de FHC/Serra existia o famoso “Engavetador Geral de República” que não deixava nada ser investigado.
José Serra, como diz a música, é o candidato de uma nota só. Para ele não existe planejamento de nada, só fala em pacto e mutirão. Esse desrespeito é sentido na pela população paulista que mora em locais de risco. Sempre quando entra o verão e as chuvas aumentam, casas desabam do alto dos morros.
Falando sobre segurança, o tucano esqueceu algumas coisas. Como quando as duas polícias, civil e militar, entraram em conflito na frente do Palácio dos Bandeirantes. Parece que também não se lembra do PCC, reerguido no governo de seu partido e que espalha o terror pela cidade. Dilma prometeu continuar a grande experiência das polícias comunitárias que deu certo em capitais como no Rio de Janeiro.
Para encerrar com chave de ouro, Serra criticou o Bolsa Família. Disse que R$ 120 por mês é pouca coisa para as famílias. Acredito que todos concordam com isso candidato, mas o Bolsa Escola, aquele que você se gaba de ter criado, era de R$ 15. Isso é muito?
O debate da Rede Globo, último dessas eleições, foi morno. Sem os ataques e o baixo nível de Serra, ambos os candidatos tiveram que discutir propostas. E aí ficou claro que Dilma é o melhor para o Brasil. Para manter os avanços de um governo que mudou a cara do país.


Debate Globo - Considerações finais de Dilma

TSE suspende o “telemarketing da calúnia”

A ministra Nancy Andrighi, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu liminar que suspende imediatamente o serviço de telefonia, realizado pela empresa Transit do Brasil S/A, em favor da candidatura do tucano José Serra. O serviço de telemarketing, denunciado nos últimos dias por vários eleitores, divulgava informações caluniosas contra a candidata Dilma Rousseff.
Eleitores e eleitoras de vários estados vêm recebendo diariamente ligações telefônicas com propaganda negativa contra a candidata Dilma Rousseff. O "telemarketing da calúnia" foi denunciado no começo do mês por meio de uma reportagem dos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas. Trata-se de um novo procedimento dos adversários de Dilma, que espalharam uma série de boatos por e-mails e panfletos contra a candidata nos últimos meses.
Segundo o parecer, "a medida cautelar é necessária e premente, haja vista que tal propaganda irregular poderá causar estragos sem precedentes sobre a candidatura de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores".
Os principais temas tratados na ligação dizem respeito ao aborto e ao caso Erenice Guerra. Segundo os telefonemas caluniosos, a candidata Dilma Rousseff seria a favor de que mulheres façam aborto, corrupta, chefe de quadrilha, outros termos.

No site
Mulheres com Dilma, a eleitora Juçara relatou, por meio de comentário, que recebeu duas ligações desse telemarketing. “Agora mesmo recebi 2 ligações, estão se passando por empresa de pesquisa, porém não se identificam. Apenas pedem para o eleitor teclar o número correspondente. O 1 para Serra, 2 para Dilma e 3 se o eleitor pretende votar nulo ou não tem intenção de ir votar?”, conta.
Indignada, Juçara reclama: “Ora, que eu saiba o voto é secreto no Brasil, não sou obrigada a declarar, ainda mais para uma gravação que nem se identifica!”
Rose Prado, também leitora do Mulheres com Dilma, recebeu a mesma ligação. Ele teclou o 2, correspondente a candidata Dilma. “Após ter respondido duas vezes Dilma, recebi a terceira ligação (gravação) difamando a candidata e falando na Erenice. A campanha do Serra é patética”.



Domingo é dia de fazer história


O Brasil vai fazer história neste domingo. Milhões de eleitores e eleitoras vão escolher entre dois projetos de país.

De um lado, o país do passado, de recessão, desemprego e exclusão social, representado pelo nosso adversário. De outro lado, o país que está dando certo, com o povo vivendo melhor, com mais comida na mesa, maior poder de consumo e mais oportunidades na vida, com emprego e salários em alta, e com a mais ampla democracia: o país de Lula e Dilma.


Dilma é a garantia de que o Brasil seguirá mudando para melhor, dando continuidade ao trabalho iniciado por Lula, cujo governo é ótimo ou bom para 83% da população.


A militância dos partidos da Coligação "Para o Brasil Seguir Mudando" está mobilizada e confiante no sucesso do nosso projeto e da nossa candidata. E assim deve ficar até a apuração do último voto: firme, preparada, vigilante e pronta para vencer mais este desafio.


Fique atento a quaisquer irregularidades que porventura tenha conhecimento de agora até domingo. Seja mais um fiscal do voto livre que vai levar a primeira mulher à Presidência da República do Brasil. Abaixo, listas dos advogados e da fiscalização eleitoral nos Estados.


Plantão Jurídico nos Estados/ 2º Turno

Fiscalização nos Estados/ 2º Turno


Equipe Dilma13 

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sorrateiramente, AI-5 Digital avança no Congresso Nacional


No início de outubro, em um Congresso Nacional esvaziado enquanto o Brasil discute as eleições, o Projeto de Lei (PL) 84/99 do senador Eduardo Azeredo, do PSDB de José Serra, foi aprovado em duas comissões na Câmara. Na calada da noite, avança projeto de deputado do PSDB para censurar internet e quebrar sigilo de internautas. Também conhecido como “AI-5 digital”, uma referência ao Ato Institucional nº 5 que o regime militar baixou em 1968 para fechar o parlamento e acabar com a liberdade de expressão, o PL permite violar os direitos civis, transfere para a sociedade a responsabilidade sobre a segurança na internet que deveria ser das empresas e ataca a inclusão digital. O projeto de Azeredo passa também a tratar como crime sujeito a prisão de até três anos a transferência ou fornecimento não autorizado de dado ou informação. Isso pode incluir desde baixar músicas até a mera citação de trechos de uma matéria em um blog.
 

Conheça os principais pontos do projeto do Azeredo.

Quebra de sigilo

Ironicamente, o PL do parlamentar ligado ao partido que se diz vítima de uma suposta quebra de sigilo nas eleições, determina que os dados dos internautas possam ser divulgados ao Ministério Público ou à polícia sem a necessidade de uma ordem judicial. Na prática, será possível quebrar o sigilo de qualquer pessoa sem autorização da Justiça, ao contrário do que diz a Constituição.

Internet para ricos

Azeredo quer ainda que os provedores de acesso à Internet e de conteúdo (serviços de e-mail , publicadores de blog e o Google) guardem o registro de toda a navegação de cada usuário por três anos, com a origem, a hora e a data da conexão. Além de exemplo de violação à privacidade, o projeto deixa claro: para os tucanos, internet é para quem pode pagar, já que nas redes sem fio que algumas cidades já estão implementando para aumentar a inclusão digital, várias pessoas navegam com o mesmo número de IP (o endereço na internet).

Ajudinha aos banqueiros

Um dos argumentos do deputado ficha suja reeleito em 2010 – responde a ação penal por peculato e lavagem ou ocultação de bem –, é que o rastreamento das pessoas que utilizam a internet ajudará a acabar com as fraudes bancárias. Seria mais eficaz que os bancos fossem obrigados a adotar uma assinatura digital nas transações para todos os clientes. Mas, isso geraria mais custos aos bancos e o parlamentar não quer se indispor com eles.

O que acontece agora?

Atualmente, o “PL Azeredo” tramita na Câmara de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara e aguarda a posição do relator Júlio Semeghini, do PSDB-RJ. A má notícia é que foi esse deputado que garantiu, em outubro de 2009, que o projeto aguardaria o desenrolar dos debates para seguir tramitando. Mas, Semeghini fez o contrário do prometido e tocou o projeto adiante. Com a provável aprovação, a última alternativa para evitar que vire lei e acabe com a democracia digital no Brasil será o veto do próximo presidente.

Fonte: CUT, por Luiz Carvalho
 
Publicado em: CRIVELLISTAS

Sorrateiramente, AI-5 Digital avança no Congresso Nacional

No início de outubro, em um Congresso Nacional esvaziado enquanto o Brasil discute as eleições, o Projeto de Lei (PL) 84/99 do senador Eduardo Azeredo, do PSDB de José Serra, foi aprovado em duas comissões na Câmara. Na calada da noite, avança projeto de deputado do PSDB para censurar internet e quebrar sigilo de internautas. Também conhecido como “AI-5 digital”, uma referência ao Ato Institucional nº 5 que o regime militar baixou em 1968 para fechar o parlamento e acabar com a liberdade de expressão, o PL permite violar os direitos civis, transfere para a sociedade a responsabilidade sobre a segurança na internet que deveria ser das empresas e ataca a inclusão digital. O projeto de Azeredo passa também a tratar como crime sujeito a prisão de até três anos a transferência ou fornecimento não autorizado de dado ou informação. Isso pode incluir desde baixar músicas até a mera citação de trechos de uma matéria em um blog.

Conheça os principais pontos do projeto do Azeredo.

Quebra de sigilo


Ironicamente, o PL do parlamentar ligado ao partido que se diz vítima de uma suposta quebra de sigilo nas eleições, determina que os dados dos internautas possam ser divulgados ao Ministério Público ou à polícia sem a necessidade de uma ordem judicial. Na prática, será possível quebrar o sigilo de qualquer pessoa sem autorização da Justiça, ao contrário do que diz a Constituição.

Internet para ricos


Azeredo quer ainda que os provedores de acesso à Internet e de conteúdo (serviços de e-mail , publicadores de blog e o Google) guardem o registro de toda a navegação de cada usuário por três anos, com a origem, a hora e a data da conexão. Além de exemplo de violação à privacidade, o projeto deixa claro: para os tucanos, internet é para quem pode pagar, já que nas redes sem fio que algumas cidades já estão implementando para aumentar a inclusão digital, várias pessoas navegam com o mesmo número de IP (o endereço na internet).


Ajudinha aos banqueiros


Um dos argumentos do deputado ficha suja reeleito em 2010 – responde a ação penal por peculato e lavagem ou ocultação de bem –, é que o rastreamento das pessoas que utilizam a internet ajudará a acabar com as fraudes bancárias. Seria mais eficaz que os bancos fossem obrigados a adotar uma assinatura digital nas transações para todos os clientes. Mas, isso geraria mais custos aos bancos e o parlamentar não quer se indispor com eles.


O que acontece agora?


Atualmente, o “PL Azeredo” tramita na Câmara de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara e aguarda a posição do relator Júlio Semeghini, do PSDB-RJ. A má notícia é que foi esse deputado que garantiu, em outubro de 2009, que o projeto aguardaria o desenrolar dos debates para seguir tramitando. Mas, Semeghini fez o contrário do prometido e tocou o projeto adiante. Com a provável aprovação, a última alternativa para evitar que vire lei e acabe com a democracia digital no Brasil será o veto do próximo presidente.


Fonte: CUT, por Luiz Carvalho


Publicado em: CRIVELLISTAS

Dilma define a democracia como ninguém



por Diego Viana – O vídeo copiado acima me incitou a escrever por diversos motivos, e olha que eu não estava com disposição para escrever. É um trecho antigo, bem sei (de 2008), mas eu não o tinha visto porque estava fora do país e preocupado com questões mais egoístas. Vi agora, e basta. Porque há muitas coisas importantes a serem ditas a partir da imagem, como há muitas coisas belas. E há ainda coisas belas e importantes. Eu poderia até, talvez, declarar meu voto em Dilma “por causa” desse vídeo. Seria mentira, mas uma mentira mais poética do que a verdade, qual seja, que pesei as opções e escolhi – coisa sem graça, ainda que correta. O mais honesto que posso ser no quesito eleitoral é que o diálogo digno de Eurípides aí acima mudou em muito minha visão de Dilma Rousseff; eu a via como candidata da continuidade, e isso estava bem. Agora, minha admiração por ela é pessoal e muito maior, à parte ela ser candidata ou não. Mas eu voltarei a isso; agora, quero elencar algumas das coisas belas, importantes e capitais que encontro neste vídeo.

Primeiro, peço que o leitor observe o tom de voz do nobre senador José Agripino, do famigerado PFL, ao fazer seu discurso disfarçado de pergunta para a então ministra. É tom de mofa. Ele está seguro de si. Sabe que as câmeras estão voltadas para ele. Sabe que a mídia está mais do que disposta a disseminar trechos de sua intervenção para estremecer as bases de um governo a que se opõe. Ele usa curvas e rodamoinhos retóricos bem mais antigos do que o general romano que empresta o nome a sua família (Agrippa, principal assessor de Augusto). O senador se repete. O senador abre os braços. O senador lança sorrisos marotos sabe-se lá para quem (mentira, sabemos que é para nós, através das câmeras). Hesito em fazer o paralelo entre, de um lado, o tom sarcástico com que ele joga contra Dilma sua declaração de que mentia sob tortura para lhe impingir a pecha de mentirosa e, de outro, a tática dos interrogatórios policiais (e não só policiais), mais velha do que andar para a frente, de fabricar contradições em depoimentos para confundir o depoente. Resta pouca dúvida quanto ao lado em que Agripino estava nos anos 70 e, horror dos horrores, continua estando.

Deixemos de lado o senador. Vamos à ministra, ainda sem laquê, ainda sem lentes de contato, ainda sem a obrigação de se conter para aparecer bem diante da incensada opinião pública. É interessante como muita gente tem chamado a atenção para a pouca beleza da presidenciável – só lembrando que o último presidente bonitão que tivemos foi um desastre e não durou muito no cargo. Pois eu digo: poucas vezes se haverá visto coisa mais bela e pungente nas salas do Congresso quanto o desprezo estampado em néon na cara da ministra, ouvindo as circunvoluções retóricas de seu interlocutor. Imóvel, impassível, a mulher assiste ao circo de alguém que tenta desmerecer sua luta e seu sofrimento. Ela não reage. Ela só espera. E a única imagem que temos do que ela sente por trás da espera é esse asco magnífico.

Enfim, chegamos ao ápice: a resposta. Aqui é que está o cerne da beleza e o início da importância do vídeo. Dilma começa falando como tem falado em suas entrevistas, debates e comícios: mal. Ela ainda está tentando se controlar, como tem se controlado durante a campanha. Cita uma torrente de datas, como se isso fosse necessário. Está claramente enrolando. Repete frases, não por técnica retórica mal aprendida, como tinha feito Agripino, mas porque sua cabeça precisa de tempo para se acalmar e formular respostas. Pelo visto, ela sentiu o golpe.

Mas depois ela deixa de lado os escrúpulos e diz o que realmente quer dizer. A partir daí, é um espetáculo. Ela cresce como um daqueles grandes felinos africanos prestes a dar o bote. E o bote é implacável. Dilma expõe para o pobre senador todo o orgulho de ter lutado contra a tirania, pagando caro por isso, com o próprio corpo e a própria juventude. Ela ensina ao interrogador engraçadinho o que é enfrentar o arbítrio e a desfaçatez, fazendo da mentira pontual uma arma contra o reinado da mentira generalizada e instituída. É importante e é belo que tenhamos no governo não aqueles que sustentaram a tortura, mas aqueles que a sofreram e, hoje, sabem colocar em seu lugar os sustentáculos da tirania. Isto é, em seu lugar figurativamente, porque concretamente, seu lugar é longe do poder e, em muitos casos, atrás das grades (como na Argentina).

À época do ocorrido, muita gente comentou sobre o rosto de José Agripino nos contra-planos enquanto Dilma o escorraçava, desmontava e humilhava. Diziam que ele ficou com “cara de idiota”, o que não deixa de ser uma boa descrição. Mas o que importa não é isso. Agripino se viu diante de algo que ele absolutamente desconhece, como acontece com a maior parte de seu círculo. Sua cara não era bem de idiota, mas de vazio. Explicarei.

Mas para explicar, primeiro preciso passar além da beleza do vídeo e chegar à parte mais importante do que há nele: a questão da democracia. Pois bem, a hoje candidata à presidência demonstra, nessa resposta exaltada e demolidora, um entendimento impecável daquilo que é o conceito de democracia. Ela coloca em pouquíssimas palavras sua ideia de democracia, e é uma descrição perfeita como jamais vi em qualquer político brasileiro. E isso, falando de improviso.

Destaquei um trecho da fala dela, embora não seja onde está o principal. Mas é o único trecho onde consigo resumir bem o argumento acima. Ei-lo: “O que mata na ditadura é que não há espaço para a verdade porque não há espaço para a vida. Algumas verdades, até as mais banais, podem conduzir à morte.” O trecho tem o objetivo de sustentar algumas outras afirmações, como uma das primeiras: “Qualquer comparação entre a democracia e a ditadura só pode partir de quem não dá valor à democracia”, além de uma parte mais extensa em que ela explica ao senador que, estando numa democracia, ela tem a liberdade de comparecer à comissão de inquérito e dizer a verdade, enquanto ele tem a liberdade de fazer perguntas para estabelecer a verdade, porque ambos estão num plano de igualdade existente apenas numa democracia.

Mas são três os conceitos capitais do trecho em questão que demonstram a compreensão claríssima e formidável que Dilma tem da democracia (e que eu gostaria de poder ver nos editoriais do jornal que chega aqui em casa, mas posso esperar sentado). O primeiro é o espaço, o segundo é a vida e o terceiro, que não está no trecho, mas aparece muitas vezes na fala de Dilma, é o corpo. (Dilma diz: “Feliz é o país que não tem heróis desse tipo. Resistir à tortura é muito difícil e a tentação de dizer a verdade é muito grande”.)

O corpo é um conceito ligado à política desde sempre. Platão já fazia a analogia entre a cidade e o corpo; Agostinho, idem. Hobbes, nem se fala: está na capa de seu livro mais célebre, desenhada segundo suas próprias instruções. Deleuze e Guattari subvertem essa imagem quando falam do “Corpo sem Órgãos”, mas deixemos isso de lado. Existe uma contra-corrente também bastante antiga, que data do período helenístico, estoura com Spinoza e subsiste até hoje em autores como Claude Lefort e Giorgio Agamben. Para esses, a questão não é nem de estabelecer uma analogia entre a política e o funcionamento do corpo, nem de traduzir o corpo do soberano como uma espécie de representação da vida social. O ponto principal é enxergar na vida política um espaço (opa, voltarei a essa noção mais tarde) de determinação para os corpos. Ou seja, é na vida política que os corpos podem agir e, através da ação, determinar-se, encontrar seu lugar (opa, espaço de novo), seus modos possíveis de operar uns sobre os outros e sobre si próprio.

Esses corpos, agindo, tornam-se pessoas no sentido pleno da palavra, isto é, cidadãs, sujeitos políticos. Ao agir, elas têm poder, elas têm potência, elas têm vida. Essa noção é capital. A questão da vida e da morte, como a do corpo, também fundamenta uma infinidade de teorias políticas. O medo da morte, da guerra de todos contra todos, está na origem de ideias como o contrato social (pelo menos entre os autores ingleses) e o monopólio estatal da violência legítima, de Weber. Através da política são decididas as condições para a morte (declaração de guerra e execução penal, por exemplo), e é estabelecido o espaço (droga, me adiantei com esse termo de novo) onde a vida pode se desenvolver. Figuras como o homo sacer (Agamben) e o bode expiatório encarnam essa dupla determinação da vida e da morte, simbolizando o processo decisório central da vida política de uma sociedade.

É assim que se determina o espaço político e social. Com o espaço, determinam-se também todas as possibilidades, todas as concretudes, todas as verdades efetivas. Dilma tem toda a razão ao dizer que, sob tortura, numa ditadura, a verdadeira coragem e a verdadeira honra estão em conseguir mentir. Porque, como ela mesma coloca, o diálogo é entre o pescoço de um e a forca do outro. Em regimes outros que a democracia, o espaço disponível é um só, determinado por atores que, no mais das vezes, estão acima ou à parte da sociedade. É exatamente por esse motivo que, na analogia que esses regimes fazem com o corpo, todo o organismo representa a sociedade em geral, mas a cabeça corresponde ao soberano, seja ele real ou imaginário. Porque é o soberano que comanda o corpo, tendo até o poder de decepar alguns de seus membros.

O que a democracia tem de diferente, Dilma resume muito bem: a democracia é aquilo que mantém os espaços abertos para o possível. Claude Lefort fala da democracia como um espaço vazio. Subscrevo. Na democracia pode haver diálogo, como coloca Dilma, porque as vias não estão determinadas, não há uma cabeça soberana decepando um membro e acariciando outro. A liberdade é a liberdade dos corpos, a verdade é a verdade da vida, o diálogo é o diálogo entre cidadãos, sujeitos políticos plenos. Para um autor como Spinoza, por exemplo, a democracia é o regime absoluto. Vale acrescentar que ela precede todos os outros, ou seja, qualquer outro regime é uma violência exercida justamente contra esse espaço aberto onde operam os corpos.

É isso que o coitado do senador Agripino não consegue entender, enquanto Dilma o mói e descasca diante de seus pares e das câmeras. Ele não tem a menor ideia do que possa vir a ser uma democracia, ele que está acostumado a um mundo em que alguns mandam, outros obedecem; alguns podem matar, outros podem morrer se saírem da linha designada pelos primeiros. A verdadeira democracia é aquela em que todos podem, todos têm liberdade e têm meios para agir. Nada mais distante do mundo a que pertence José Agripino, daí sua cara de vazio diante da humilhação imposta pela ministra Dilma Rousseff.

Andam dizendo que a última cartada para evitar a vitória de Dilma é a evocação de sua história como militante contra a tirania nos anos 70, quando ela tinha, veja no vídeo, entre 19 e 21 anos, e o senador Agripino tinha muito mais. País estranho. Este deveria ser um motivo para promover a eleição da ex-ministra, não para evitá-la. Como se vê pela naturalidade e a espontaneidade com que ela define a democracia e a diferencia da ditadura, a candidata aprendeu na pele, no corpo o sentido desse espaço público, vazio e aberto ao possível. Oxalá o país consiga aprender também, mas de uma maneira menos traumática.

PS: Vi o vídeo graças a meu amigo e ex-colega Manoel Galdino, do Pra Falar de Coisas.

Fonte: Amálgama

Dilma abre 14 pontos de vantagem sobre Serra, aponta Ibope

Petista aparece com 57% dos votos válidos contra 43% de adversário tucano

28 de outubro de 2010 | 20h 00

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, abriu 14 pontos de vantagem sobre José Serra (PSDB), segundo pesquisa Ibope/Estado/Globo divulgada nesta quinta-feira, 28. De acordo com o levantamento, a petista registra 57% dos votos válidos (que exclui brancos, nulos e indecisos) contra 43% do tucano. No levantamento anterior, Dilma aparecia com 56% contra 44% de Serra.

No total das intenções de voto, a petista lidera com 52% contra 39% do adversário. 5% disseram pretender votar em branco ou anular o voto e 4% estão indecisos. Na pesquisa anterior, Dilma registrava 51% das intenções totais de voto contra 40% de Serra. Os porcentuais de brancos e nulos e de indecisos continua o mesmo.

Pesquisa Segundo Turno

Segundo turno - votos válidos

O resultado já capta a repercussão dos atos de violência em uma caminhada de Serra no Rio de Janeiro, na semana passada, além do último debate entre os presidenciáveis, realizado pela TV Record na segunda-feira.

82% dos eleitores afirmaram que seu voto é definitivo e 13% disseram que ainda podem mudar o voto, enquanto 5% não sabem ou não responderam a essa questão.

Crescimento entre as mulheres

Como já havia ocorrido na semana passada, o principal avanço de Dilma ocorreu entre as mulheres, segmento em que sua vantagem passou de 7 para 12 pontos (50% a 38%) em uma semana. Na primeira pesquisa após o primeiro turno, há 15 dias, a candidata estava empatada com o adversário no eleitorado feminino (46% a 46%).

Depois de perder pontos entre os eleitores religiosos e contrários à legalização do aborto na reta final do primeiro turno – principal fator que levou a decisão para uma segunda rodada – Dilma conseguiu se recuperar nesses segmentos.

A primeira pesquisa após o primeiro turno mostrava que, na parcela da população contrária à legalização do aborto, os dois candidatos estavam empatados (48% para Dilma e 45% para Serra). Agora, nesse grupo, a petista abriu 13 pontos de distância (52% a 39%).

Regiões

A divisão geográfica do eleitorado mostra que Dilma ampliou sua vantagem no Sudeste, mas perdeu espaço no Sul.

Na região que concentra os três Estados mais populosos (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro), a candidata governista abriu oito pontos de folga (48% a 40%), quatro a mais que na semana anterior. A petista lidera com larga margem no Rio e em Minas, e tem reduzido sua desvantagem em São Paulo, onde já há empate técnico.

No Sul, onde os dois candidatos estavam empatados, Serra abriu cinco pontos sobre a rival (48% a 43%). Os desdobramentos do Ibope por Estado – com margens de erro maiores, pois as amostras do eleitorado são menores – indicam que o tucano lidera no Paraná e está empatado tecnicamente com Dilma no Rio Grande do Sul, Estado onde ela venceu no primeiro turno.

A petista continua com mais que o dobro das intenções de voto do adversário no Nordeste (63% a 30%), seu principal reduto. No Norte/Centro-Oeste, onde estava em situação de empate técnico, a candidata tem agora dez pontos a mais (52% a 42%).

A segmentação dos eleitores por faixa de renda mostra que Dilma só não lidera isoladamente entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, onde há empate técnico (47% para a petista e 46% para o tucano).

Entre os mais pobres, com renda de até um salário mínimo, a vantagem da petista é de 30 pontos (60% a 30%).

Dos eleitores da candidata governista, 88% afirmam que sua escolha é definitiva. No caso dos simpatizantes de Serra, 86% não admitem mudar o voto até o domingo.

Violência

O Ibope perguntou aos entrevistados quem foram os responsáveis por episódios de confronto entre partidários dos dois candidatos ocorridos nos últimos dias. Para 21%, a iniciativa do confronto foi de simpatizantes de Dilma. Para 13%, a responsabilidade foi de serristas. Outros 19% afirmaram que os partidários de ambos são culpados pelos episódios.

Nada menos que 40% dos entrevistados não souberam apontar os responsáveis pelos confrontos ou não tomaram conhecimento dos casos.

O instituto também procurou medir os efeitos dos três debates realizados no segundo turno. Para 39% dos entrevistados, Dilma se saiu melhor. Outros 31% viram o desempenho de Serra como superior.

A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva indica que 80% da população vê a administração como boa ou ótima. Para 4%, a gestão é ruim ou péssima.

A nota média do governo como um todo, em uma escala de zero a dez, é de 8,1. Já o desempenho pessoal de Lula é aprovado por 87%.

Foram realizadas 3010 entrevistas entre os dias 26 e 28 de outubro em 202 municípios. A pesquisa está registrada no TSE sob o número 37.596/2010. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

(Atualizada às 00h00)


Estadao.com.br

Mensagem de Dilma às pequenas e micro empresas




Tenho consciência plena da importância das micro e pequenas empresas para o Brasil. Elas representam 99,1% de todas as empresas e são responsáveis pela geração de emprego e renda de mais da metade de todos os brasileiros e brasileiras. Elas também desempenham papel estratégico, porque contratam grande contingente de mulheres e fornecem o primeiro emprego para a maioria dos jovens.

Por essas razões o governo Lula priorizou a formulação de políticas públicas focadas na micro e pequena empresa. A aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, em 2006, e do Empreendedor Individual, em 2008, são dois exemplos de medidas de apoio aos pequenos negócios.

Não há dúvida de que muito já foi feito pelo governo federal nos últimos oito anos. No entanto, reconheço que ainda temos muito por fazer daqui pra frente. Eu vou dar continuidade ao trabalho iniciado pelo presidente Lula em favor dos micro e pequenos empreendimentos.

Eu não pretendo ser apenas uma gestora de políticas públicas para esse segmento empresarial. Eu quero cuidar, com muita atenção e carinho, dos pequenos negócios. É por isso que peço o seu apoio para o Brasil seguir mudando.

Precisamos preservar e ampliar as nossas conquistas e criar as condições para que o País continue no caminho do desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda e inclusão social.

Leia o material completo aqui.

Um abraço fraterno,