segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O debate na ''RedeTV'' (17-10-2010)


Virou rotina: Dilma vence mais um debate

Posted by Seja Dita Verdade On October - 18 - 2010


Este debate já começa diferente. Serra desce sozinho do helicóptero. Onde está Mônica Serra? Ninguém sabe, ninguém viu. O certo é que as notícias sobre o aborto de Mônica parecem que vão ditar os rumos da campanha a partir daqui.

Serra é o primeiro a responder. É perguntado sobre as qualidades e defeitos de Dilma Rousseff. Já começa se esquivando de responder e começa a falar de si mesmo.

Primeira pergunta de Serra a Dilma: A pergunta é sobre qualificação profissional.  Serra volta a falar de si, não pergunta nada.  Dilma fala das escolas técnicas feitas pelos 8 anos de Lula, muito mais que todos os seus antecessores e fala também do treinamento dado para os funcionários da Petrobras. O tucano fica nervoso e fala que Dilma mentiu, tenta sair pela tangente, mas Dilma o chama de mal-informado.

Agora é a vez de Dilma. O assunto da pauta é a privatização. Serra ainda está na pergunta anterior. Ou não ouviu a pergunta ou é dissimulado, para não responder sobre as privatizações do PSDB. A candidata do PT chama a atenção de Serra por fugir da pergunta.

No segundo bloco, Dilma insiste na resposta de Serra sobre as privatizações. Serra foge de novo. Dilma relembra a Petrobrax. O tucano insiste na história do orelhão. Não muda os argumentos. Está perdido.

O tema que Serra escolhe agora é o combate às drogas. Serra volta a atacar a Bolívia. Dilma compara o que foi feito no combate às drogas durante o governo FHC e Lula. O governo do PT se saiu infinitamente superior nesta questão. A candidata do PT afirma: “o PSDB faz pouco para poucos, o PT faz muito para muitos”.

Dilma volta ao tema da privatização, Serra ainda está na pergunta anterior. Precisa pensar um pouco para responder sobre as privatizações. Dilma relembra o apagão do FHC. A candidata do PT lembra que todo paulista sabe bem o que é a cracolândia.

Quando a questão é estradas, Dilma fala do sucateamento que o governo Lula recebeu de FHC e lembra que a soja deve ser escoada por ferrovia ou hidrovia. Serra usa este tema apenas para fins eleitoreiros.

Na energia elétrica, Dilma esclarece que a energia elétrica é encarecida pelo ICMS, imposto estadual que Serra e os tucanos em 16 anos em São Paulo jamais fizeram. Ao final do segundo bloco, Dilma fulmina: “Serra, não se compare ao grande povo paulista, é feio, o senhor é pretensioso”.

Neste bloco, é a vez da pergunta das jornalistas Patrícia Zorzan e Renata Lo Prete. A jornalista da Folha de S. Paulo vai direto em Paulo Preto. Serra foge completamente da pergunta e joga para o PT. Serra diz que não conhece o nome Paulo Preto e chama o apelido de racista. As pessoas conhecem Paulo Preto apenas pela alcunha. Serra foge e não responde.

Patrícia Zorzan pergunta sobre Erenice Guerra. Dilma responde a queima roupa: “as pessoas erram e a Erenice errou”.  No bloco sobre corrupção, Dilma se saiu melhor. Serra não explicou a presença de Paulo Preto na operação Castelos de Areia. Paulo preto foi acusado de receber propina do Rodoanel. PT investiga os seus. PSDB prefere se calar e acusar os outros.

Serra no bloco seguinte insiste em segurança. Dilma afirma convicta o seu compromisso: livrar São Paulo do PCC, coisa que os tucanos jamais conseguiram. Serra na réplica finge que não ouviu o nome PCC. No assunto saúde, Dilma volta a lembrar que o Governo do Estado não fez parcerias com o SAMU.

Dilma pergunta sobre a questão mais importante de todas: a educação no Brasil. A petista fala dos recordes negativos em educação do Estado mais rico da federação. Serra não fala da aprovação automática. O tucano tenta enganar os eleitores ao falar do IDEB paulista. Dilma esclarece: a aprovação automática eleva a nota de São Paulo. Ao final, Dilma fulmina: o candidato Serra quer acabar com o PROUNI.

A candidata de Lula explica aos brasileiros as mazelas da educação paulista. Fala dos professores precários, fala dos baixos salários e das greves. Serra fica atordoado. Mordeu a isca e usa todo o seu tempo para tentar “salvar” Fernando Henrique Cardoso.  Serra lembra o apoio de Itamar. Foi o ex-presidente mineiro que, no seu twitter, lembrou que o pai dos genéricos foi Jamil Haddad.

Nas suas considerações finais, Dilma lembra 2002 – a esperança venceu o medo – e afirma que desta vez o amor vencerá o ódio. Fala da cultura de paz que faz do Brasil um país diferente.

O debate chega ao fim. Agora é com a militância. Precisamos de todo apoio nesta reta final. Cada voto conta.

Seja Dita Verdade

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Debate Rede TV:
melhores momentos de Dilma (17 de outubro)


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Privatizações e educação dominam debate entre Dilma e Serra


Seg, 18 Out, 01h12

Em encontro promovido pela emissora Rede TV e pelo jornal "Folha de São Paulo" neste domingo, os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) debateram os temas das privatizações, da educação, da saúde, da infra-estrutura, do emprego e do combate às drogas.

Descriminalização do aborto e religião, temas que vinham dominando as campanhas de ambos os candidatos nos últimos dias, não foram mencionados nenhuma vez.

Dilma trouxe várias vezes o debate para o tema das privatizações. A petista insistiu em discutir a resistência do governo de São Paulo em vender a empresa Gas Brasiliano Distribuidora à Petrobras, enquanto Serra disse que Dilma fez leilões para exploração privada de petróleo. "Quando eles fazem, não é privatização", disse o tucano.

Serra criticou a infra-estrutura brasileira e disse que o país nunca investiu tão pouco em estradas quanto no governo atual. Dilma rebateu dizendo que Serra costuma interromper obras de seus antecessores e que o conhecimento do adversário sobre infra-estrutura é limitado.

Um dos momentos mais quentes do debate foi quando as jornalistas Renata Lo Prete, da "Folha de SP", e Patricia Zorzan, da Rede TV, questionaram os candidatos sobre dois escândalos políticos: o suposto desvio de R$ 4 milhões da campanha de Serra por Paulo Vieira de Souza, conhecido como "Paulo Preto", ex-diretor administrativo e financeiro da Dersa, e o caso Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil no governo petista, acusada de participar de esquema de tráfico de influência.

Serra se disse vítima da situação e afirmou que nunca negou que conhecia Paulo Preto, apenas que desconhecia o suposto desvio de dinheiro, e afirmou que isso "é muito diferente de negar "mensalão", referindo-se ao PT. Ainda acrescentou que o apelido do engenheiro é "racista".

Dilma disse que Erenice errou e que é contra a contratação de parentes para cargos públicos. A petista disse que a Polícia Federal está investigando o caso. "Ao contrário do PSDB, nós investigamos", alfinetou.

Saúde e educação

Os candidatos também debateram temas como saúde e educação. Dilma disse que vai consolidar o Sistema Único de Sáude (SUS) e defendeu as policlínicas e as unidades de pronto-atendimento 24h.

Serra disse que o PT copia o que já foi feito no governo FHC, e em São Paulo, durante gestão tucana.

Dilma perguntou a Serra como o estado mais rico do Brasil tem um desempenho tão acanhado em educação, em 16 anos de governo tucano. Serra rebatou dizendo que São Paulo lidera o ranking no ensino fundamental de acordo com o Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) do Ministério da Educação e levantou problemas de vazamento de dados no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

A petista disse que Serra não deveria subestimar o povo paulista e criticou a progressão automática, dizendo que 50% da nota paulista no Ideb está baseada nisso.

Os candidatos também discutiram trabalho, e Dilma falou do aumento nos empregos com carteira assinada no governo atual.

Serra disse que "dá a impressão que Dilma está concorrendo ao governo de São Paulo", por causa das perguntas feitas pela petista sobre programas do governo paulista.

Serra falou sobre o Plano Real, implementado por Itamar Franco e FHC, e disse que Dilma foi contra a iniciativa. A petista pediu direito de resposta por "ter sido acusada de ser a favor da inflação". O pedido foi negado pela comissão que julgava as solicitações de resposta durante o programa.

Nas considerações finais, Dilma destacou a diversidade do povo brasileiro e mencionou o presidente Lula pela primeira vez, dizendo que sentia orgulho de participar do governo do "maior presidente que o país já teve". Ainda defendeu a valorização da cultura e o respeito ao aluno e ao professor.

Serra também mencionou a educação, dizendo que veio de uma família pobre e que foi "graças à educação que "cheguei onde cheguei". O tucano também pregou a justiça e solidariedade como seus valores e criticou o tratamento do opositor como inimigo.

Yahoo! Notícias

http://br.noticias.yahoo.com/s/18102010/48/manchetes-privatizacoes-educacao-dominam-debate-dilma.html

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Debate morno, alívio no PT; Serra teve pior momento ao falar de Paulo Preto

publicada segunda-feira, 18/10/2010 às 00:06 e atualizada segunda-feira, 18/10/2010 às 00:04
por Rodrigo Vianna

O fantasma que atormenta Serra

O debate na “RedeTV”, na noite desse domingo, foi talvez o mais morno desde o início da campanha eleitoral. Nada parecido com o que se viu na “Band” semana passada. Dilma e Serra pareciam cansados, esgotados depois de tantas viagens pelo país, e depois de tanta tensão desde o primeiro turno.

Avaliação feita pela “RedeTV” com um grupo de 27 indecisos mostrou que Serra foi avaliado ligeiramente melhor do que Dilma. José Roberto de Toledo, analista responsável por organizar essa avaliação, fez questão de ressaltar que era um grupo muito limitado, e restrito à cidade de São Paulo. Segundo ele, numa escala de 0 a 100, nenhum dos dois candidatos teve avaliação abaixo de 40 nem acima de 75 pontos. Ou seja, “tiveram desempenho medíocre”, segundo ele.

De minha parte, achei que o melhor trecho foi quando jornalistas puderam perguntar – fórmula parecida com a adotada pela Record no primeiro turno. Foram perguntas duras, diretas, bem formuladas. Para Dilma, sobre Erenice. Para Serra, sobre Paulo Preto. Foi o pior momento para Serra no debate, avaliou Toledo.

Diria que isso ocorre porque Serra não está acostumado a ser apertado pelos jornalistas, nem a ser confrontado. A imprensa amiga – especialmente em São Paulo – permite a Serra passar anos e anos sem ser incomodado. Dilma, apesar de menos experiente nesses embates, está mais acostumada a apanhar da imprensa.

O mais curioso foi a fórmula encontrada por Serra para explicar porque disse num dia que não conhecia Paulo Preto, e no dia seguinte saiu em defesa do ex-assessor (entre uma e outra declaração, lembremos, Paulo Preto deu uma entrevista fazendo ameaças veladas aos tucanos): “Eu disse que não conhecia Paulo Preto, porque eu o conhecia como Paulo Souza, aliás pra mim Paulo Preto é até um tratamento racista”.

Todos no PSDB chamam o ex-diretor da DERSA (estatal paulista que administra milhões de reais na construção de rodovias) de Paulo Preto. E Serra não sabia. Curioso. Pelo jeito, não colou com o eleitorado.

Do lado de Dilma, achei que ela passou muito tempo (no início do debate) martelando a questão das privatizações  – de forma um pouco confusa. Permitiu sempre que Serra desse os contra-ataques – acusando PT de não apoiar privatização da telefonia. É um assunto que incomoda muito Serra. Mas Dilma não conseguiu nocauteá-lo em nenhum momento.

Em suma, um debate que não trouxe pautas novas para a campanha (ao contrário do que Dilma conseguiu fazer na “Band”, quando trouxe a discussão sobre Paulo Preto), nem teve momentos constrangedores ou espetaculares a ponto de mudar o quadro. Para Dilma, isso basta a essa altura.

As informações que chegam do PT são de que pesquisas internas mostram a distância entre os dois um pouco maior do que no início da semana, chegando perto dos 10 pontos.

Informações que devem ser tomadas com reserva, naturalmente. Mas se a primeira semana do segundo turno foi de pânico entre os dilmistas, a segunda termina com decepção para os serristas: eles, que chegaram a falar em vitória lá por terça ou quarta (quando até trackings do PT mostraram diferença de apenas 5 pontos entre os dois), viram a diferença se alargar de novo.

Os tucanos parece que comemoraram cedo demais. Dilma lidera por uma margem que não chega a ser confortável, a ponto de permitir relaxamento para os petistas. O que talvez seja bom para eles, já que nessa eleição quem relaxa se dá mal.

Serra mostrou – no debate da “RedeTV” – que o embate cara-a-cara com Dilma (ao contrário do que diziam alguns pretensiosos tucanos) não lhe permite vitórias arrasadoras, a ponto de encurtar a diferença.

Resta a baixaria e o boato. Não tenham dúvidas, esse será o caminho. Os tucanos vão usar um movimento duplo, em pinça: denúncias nos jornais, para manter a classe média raivosa contra o PT; e boatos religiosos nas periferias e no Nordeste, incluindo até baixarias de ordem sexual (que, segundo alguns leitores, já começam a circular na forma de panfletos contra Dilma, distribuídos de casa em casa). É uma tentativa desesperada de reduzir a popularidade de Dilma entre os mais pobres – trunfo da candidatura petista.

Os marqueteiros e o comando da campanha petista (hum…) parecem confiante a ponto de não achar necessárias novas vacinas contra a boataria – no horário político. Tenho minhas dúvidas. E sei que mais gente na cúpula do PT (com quem falei hoje) também segue moderadamente preocupada.

Serão quinze dias quentes. A eleição segue indefinida – com leve favoritismo para Dilma.

Ao contrário do primeiro turno, quando achei que os 55% de Dilma (obtidos em agosto) eram enganosos, minha avaliação agora é que – apesar da distância mais curta – Dilma parece ter um eleitorado sólido. Dificilmente baixará de 52 milhões de votos (o que garante vitória). Serra só conseguirá mudar esse quadro se algo de muito grave (ou sórdido) acontecer. E se o PT não estiver preparado para contra-atacar (e, aparentemente, isso mudou).

Dilma enfrenta a maior máquina de propaganda conservadora no país, desde 1964. O susto no fim do primeiro turno colocou em alerta os militantes e a liderança lulista mais combativa: não se pode mesmo menosprezar as forças que estão do outro lado. Eles vão tentar de tudo, e ainda vão aprontar muito até o dia 31.

Escrevinhador

http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/debate-morno-e-um-certo-alivio-no-pt-serra-teve-pior-momento-ao-falar-de-paulo-preto.html


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